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quarta-feira, 31 de março de 2021

RESTA.


Re (começo) visto que sim,
o poeta não é ponto (a) final.
Quem será – o que será de mim
quando enfim, nem o bem, nem o mal?
 
Re (ticências) é parte da vida,
é medida que sempre se espera.
Se por ela a vida for tingida,
qual será – o que não vai ser ela?
 
O artifício do mundo agora
é por hora o que foi revelado.
O pesar de outra vida, outrora,
e que agora ela está do outro lado.
 
Re (começo) penso que sim,
a poesia é a via que resta.
O poeta imagina outro fim –
outro sim, outra vida, outra festa.
 
Anderson Oliveira.


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